Docente aposentado (1997) da UFRGS, 76 anos, professor de Cenários Econômicos.
Porto Alegre, 16.02.2021, 12:10, 29 graus C, 61 % de umidade
Post 01.01.32
01 Economia Internacional 01 Conjuntura global 32 número de ordem do post
As imagens são impactantes. Eu não tinha visto nada igual nesses anos todos de acompanhamento dos fenômenos climáticos.
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O que aconteceu no Hemisfério Norte em termos de nevasca não tem precedentes nos fatos que eu monitorei nas últimas cinco décadas. A mídia diz que é o maior frio em quase noventa anos.
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Nos Estados Unidos há cerca de cinquenta milhões de habitantes convivendo no limite das suas possibilidades para enfrentar a adversidade invernal. A situação é crítica no Texas. Não há luz. A logística deixou de operar quando os consumidores mais precisavam. Em Dallas há um incêndio que já causou vítimas.
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A situação em regiões da Europa também foram alarmantes. Em Kapandriti, na Grécia, caiu entre meio metro e um metro de neve. A imagem da Acrópole de Atenas repassada para o mundo, via televisão, tornou o local praticamente irreconhecível.
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Eu assisti uma reportagem desde Amsterdã em que as pessoas estavam patinando nos canais. Na Turquia, Istambul está sob forte nevasca e as imagens mostram a cidade no caos por muitas horas.
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O cenário parece que não vai mudar no curtíssimo prazo. O mau tempo está rumando para a Costa Leste dos Estados Unidos e chega a Nova York na quinta-feira. O clima deve se manter assim, ou até piorar, à medida que se aproximar do próximo fim de semana.
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Eu li no site da CNN que ontem a temperatura, em graus centigrados, era de quatro graus negativos em Minnesota e trinta e dois graus positivos na Flórida. A área em nível de congelamento ocupava 79% do território norte-americano. Nesse ínterim surgiram alarmes de ameaça de tornados na região do Golfo do México.
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A par do frio, os Estados Unidos também tomaram conhecimento no fim de semana que Donald Trump estava absolvido do seu segundo juízo. Tudo porque eram necessários dois terços dos cem senadores para condenar o ex-presidente, mas o placar foi de 53 (inocente) e 47 (culpado).
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Boa tarde, leitor do blog
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FOTO ABAIXO: SURACUSE EM DEZEMBRO DE 1970
A foto abaixo foi batida no meu primeiro inverno em Syracuse, New York. Eu era bolsista da Organização dos Estados Americanos (OEA) e em 1970 eu me transferi da Universidade de Houston para a Universidade de Syracuse. Eu troquei um calor de Cuiabá por um frio do Alaska.
Houston era muito quente e Syracuse era o extremo oposto. Syracuse fica localizada bem no centro do Estado de Nova York, junto ao Lago Onondaga. Tom Cruise nasceu na cidade. Joe Biden e Peter Falk, o detetive Columbo, estudaram na Syracuse University (SU).
A população da cidade era de 197,280 habitantes (1970) e a da região metropolitana da Grande Syracuse era de 636.507 (1970).
Quando eu falo em Grande Syracuse eu me refiro a um conglomerado que reúne além da cidade de Syracuse, outras 5 cidades com população de 25 mil a 75 mil habitantes, cada uma, mais 36 cidades com população entre 5 mil e 25 mil habitantes, cada uma, e mais 17 vilas e aldeias com menos de hum mil habitantes, cada uma. É algo inusitado.
Eu fui o coordenador do grupo de trabalho que emitiu pareceres, publicados em diário oficial, sobre a criação, ou não, de novos municípios no Rio Grande do Sul no governo Brito e não vi nada parecido no meu Estado.
O local onde eu estou na fotografia é coberto de verde durante os três meses do verão. Eu estou em um corredor estreito que implica retirada diária de neve para o pedestre poder acessar à rua, onde está o veículo de transporte.
A convivência com frio de dez graus negativos exige roupas adequadas. Mesmo assim, não é possível andar até um destino que exija mais de cinco minutos de caminhada. Paradoxalmente, em qualquer destino que se chegue há calefação muito intensa. É impossível manter toda aquela roupa que eu estou vestindo quando eu chegava em casa.